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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Português - Professora Luiza Gomes


ATIVIDADE DE PORTUGUÊS
Professora : Luiza Gomes

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COLEÇÃO
MÓDULO
UNIDADES
EM
Viver Aprender
                3
4 e 5

 

 

A CRÔNICA

 

O dia-a-dia como matéria-prima ou inspiração é muito comum principalmente na crônica, gênero de texto que ultrapassa as fronteiras entre a literatura e o jornalismo. Quando produzida, a crônica é publicada em jornais e revistas (se oral, em rádio e TV também). Em geral, ela apresenta comentários de um cronista sobre algum fato noticiado na semana ou mesmo reflexões – de maior ou menor profundidade – feitas com base em alguma cena cotidiana e corriqueira, às vezes com traços de humor, às vezes com traços de lirismo e, em alguns casos, com uma forte presença da linguagem poética.
                                                                         Rubem Braga

 

 

Leia a seguir uma crônica de Rubem Braga. Observe como a linguagem é leve, informal, de forma facilitar a comunicação com o leitor. Observe também que recursos poéticos foram utilizados. 

 

                                      

MEU IDEAL SERIA ESCREVER…

 

    Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusaenlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
    Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada como o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
    Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
    E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa , na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
    E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história…”
    E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

Após a leitura da crônica de Rubem Braga, responda!
1. A expressão que melhor sintetiza o tema do texto é:
a) A incompetência de um escritor em criar um texto cômico.
b) A dificuldade de um escritor em montar um texto cômico.
c) A incapacidade de um escritor de compor um texto cômico.
d) O desejo de um escritor de produzir um texto cômico.


2. A história idealizada pelo autor provocaria nas pessoas em geral
a) a alegria e o riso já esquecidos no dia-a-dia de problemas e  preocupações.
b) a cura de suas doenças – tanto as doenças físicas quanto as psicológicas.
c)  uma volta aos dias da infância, quando a vida era simples e se ria de tudo.
d)  uma reflexão acerca dos problemas do cotidiano.


3.  As reticências no título da crônica, “Meu ideal seria escrever...”, indicam
a) intervalo de silêncio em que o autor imagina a história ideal.
b) interrupção da narrativa para corrigir um erro.
c) ironia e malícia a ser empreendida pelo leitor.
d) supressão de uma parte da história.


4. Identifique os tipos de figuras de linguagem utilizados nas construções das frases a seguir:
 I. “Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente”.
________________________
 II. “Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria...”.
________________________
 III. “E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras...”.
_______________________
1. Hipérbole.
2. Metáfora.


De acordo com o que você leu no capítulo 4,quando estamos interessados em conseguir trabalho, é comum enviarmos – por e-mail ou pelo correio (ou entregarmos pessoalmente) – um currículo.
 Você viu que currículo (ou curriculum vitae) é um gênero textual que tem por objetivo apresentar as qualificações e nesse texto são reunidas e organizadas informações de ordem pessoal e formação educacional, bem como a experiência profissional de quem se candidata a determinado emprego ou trabalho.
 É bom lembrar que o currículo será lido e avaliado por um encarregado da seleção de pessoal, que precisa ter acesso rápido às informações, já que, provavelmente, recebe muitos currículos por dia. Daí ser importante ressaltar o que há de mais relevante para o cargo/função em vista.


5-Escreva o seu currículo.  Observe quais informações devem ser apresentadas e como podem ser organizadas:

NOME COMPLETO_____________________________________ ___________________________________________________
[Deve aparecer em tamanho maior que o restante do texto. Pode ser destacado utilizando-se o negrito.]

Nacionalidade_______________
Estado civil_________________
Idade______________________
Endereço completo____________________________________________________ Telefone para contato___________________
E-mail_______________________________

Objetivo____________________________________________________
[Escrever o cargo ou função pretendida.]

Formação educacional__________________________________________
___________________________________________________
[Escrever o grau de escolaridade, nome da escola em que estudou/estuda e ano de ingresso e de conclusão do curso. Se o curso ainda não tiver sido concluído, escrever apenas o ano de ingresso. Por exemplo:]
Ex.:  Ensino  Médio, Escola José  de  Alencar, ingresso    em   2010.

Experiência profissional _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
[Escrever o nome da empresa em que trabalhou, ano de ingresso e ano de saída, cargo ocupado e uma breve descrição das atividades realizadas. Por exemplo:]
      Clínica      São   José: 2008       2010 Cargo: recepcionista Principais atividades: atendimento ao público, pessoalmente e por telefone; organização de agenda médica; entrega de exames e receitas.
Informações adicionais_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
[Informar outras habilidades que, de algum modo, possam contribuir para conseguir o trabalho pretendido. Por exemplo, conhecimentos de alguma língua estrangeira; conhecimentos de informática etc.]

Lembre-se de que a linguagem do currículo é formal e a norma culta da língua deve ser respeitada. Um currículo bem redigido e bem apresentado é um passo importante para conseguir o que se deseja.

                                               Sucesso!
                                             Até breve!




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